E quem sabe, então...

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos


Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização


Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

(Chico Buarque - Futuros Amantes)

De repouso?

É terminantemente proibido ficar doente outra vez! Eu digo isso a mim mesma!
Não é possível que a pessoa não tem direito nem a tirar uns dias de reposo sem que o mundo caia sobre a sua cabeça?!

O médico diz: Minha filha isso pode ser dengue! Repouse, beba muito líquido, água, suco, água de coco, gatorade!

¬¬

Gatorade??? Como assim??

Deixa para lá...

Então eu fico em casa repousando... não dá para repousar, é um tédio ficar em casa sem fazer nada. Eu durmo...acordo, assisto tv... a tv é horrível! Só passa violência e inutilidade pública.
O computador não liga... aí eu fico ainda mais doente!

E ainda tem mais... o poste que fica em frente ao hospital que tem em frente o meu prédio EXPLODIU! Isso mesmo, EXPLODIU! Legal né?! Do nada o poste tava lá e BUM!
Graças a Deus que ninguém foi atingido!

Desculpa doutor, mas é impossível repousar desse jeito!

Não era dengue, segundo a minha amiga pode ser o rotavírus. Ele é péssimo!
Para completar eu descubro que na minha ausência a professora dividiu equipes para os seminários até o fim do semestre e ela separou a minha quadrilha! Pode isso? Que ousadia!!

Amanhã de volta a rotina, ainda bem porque tem outra professora que faz uma prova para a pessoa que falta mais de 3 vezes e o assunto da prova é sobre as aulas que a pessoa perdeu! Muito justo né?!

Faz-me rir!

Antes tarde...

Era uma vez uma menina que tinha um blog...

...Quatro anos depois ela percebe o quanto era bom escrever nele e se pergunta porque parou, pois ele continua aqui e as palavras continuam nela, mas ela esqueceu de quão bom era expressar os sentimentos, pensamentos e momentos vividos. Mesmo que ninguém leia, até porque esse não é o objetivo, mas pra soltar aquilo que aperta o peito, sufoca a existência, já que essa menina não é muito de se abrir com as pessoas. Então ela fica aqui no seu mundo, ou melhor, no seu fantástico mundo, cheia de coisas para dizer e sem ninguém para escutar.

Agora depois de quatro anos os assuntos são outros, o meio ambiente é outro, as experiências são novas, mas a essência é a mesma, a menina, os sonhos, as palavras...




"Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Hum... E o mundo é perfeito" (OTM)